No episódio 8 da terceira temporada do Capscast, nosso podcast da salada de frutas do mercado digital, os participantes são o Host Vinicius Guzzo, o Co-Host Julio e o convidado Estevão. Neste episódio vamos falar como lançar um produto com a sua marca nos EUA.
Sumário
O começo
Estevão viajou para o estado da Flórida, nos Estados Unidos, a trabalho, e atualmente, a Capsexpress possui uma empresa estabelecida nos Estados Unidos liberada para a importação de suplementos alimentares.
A Capsexpress, aqui no Brasil, possui licença do FDA (Food and Drug Administration, agência federal dos Estados Unidos que controla o departamento de saúde e serviços humanos) para a exportação de suplementos alimentares, então, podemos vender para qualquer empresa que possui licença de exportação por lá.
Logística
Montamos uma empresa lá para, quando nosso produto chegar nos Estados Unidos, ele precisa ir do porto para uma empresa de lá, assim uma nota fiscal é gerada e o produto é considerado importado.
O processo é o seguinte, o produto chega no porto, do porto vai para nosso galpão e do galpão segue para o cliente.
O produto deve ir do porto para o galpão, ou armazém, para se “nacionalizar” por lá.
Imposto
Há vantagens de vender produtos nos Estados Unidos, uma delas é os tributos do Sales Tax, o imposto de vendas, que por lá é mais baixo que o Brasil.
O percentual do Sales Tax por lá é, em média, 6%, enquanto no Brasil, o ICMS (equivalente ao Sale Tax) pode chegar a 17% e até a 21%, caso não mude o regime da sua empresa.
Capital para abrir uma empresa
No máximo, para abrir uma empresa nos Estados Unidos, o valor chega a até, no máximo $1000,00 (mil dólares), em seguida você precisa de um mailbox, ou seja, um endereço fiscal, e por mês é preciso desembolsar apenas $35,00 (trinta e cinco dólares) e, por fim, terá uma logística terceirizada, portanto, o dropshipping nacional do Brasil também serve para os Estados Unidos.
Forma de trabalho
A forma de trabalho é basicamente a mesma, o que diferencia é que você recebe em dólar em um país que possui 50 estados, o dobro de população do Brasil, 30 vezes o nosso mercado, um público consumidor maior e mais consciente em relação à suplementação e com o dinheiro na mão.
Por exemplo, o salário mínimo nos Estados Unidos é de $300,00 (trezentos dólares) por semana, portanto, para quem recebe um salário mínimo por lá, comprar um suplemento alimentar de forma online é muito mais barato comparado ao Brasil.
Público
Ao atingir o público com as dores (em termos de mercado) que possui um poder de compra maior, as objeções que este público possui são muito menores, portanto, convencê-lo a comprar um suplemento alimentar é muito mais fácil.
O “custo emocional” do dinheiro é menor.
Os contras de lançar um produto com a sua marca nos EUA
O trabalho em si é o que engloba os contras. É preciso abrir uma empresa lá, portanto, se deslocar, contratar uma logística, montar um site em inglês e fazer um produto 100% em inglês conforme o FDA manda.
Outro ponto muito importante de ressaltar é que o prazo para adquirir a licença de importação nos Estados Unidos, é de, no mínimo, 60 dias, portanto, ao englobar todo o projeto de lançar um produto com sua marca nos EUA, o prazo pode chegar a 4 meses.
É possível tentar fazer tudo sozinho, porém, o custo de tempo será grande.
Registro de produtos
Nos Estados Unidos, em termos mais simples, nenhum produto pode “dar problema”, e nós, da Capsexpress, não vamos fabricar um produto que pode apresentar algum problema.
Os produtos também precisam ser testados, e a responsabilidade pelos testes dos produtos é de quem os vende, portanto, se você está importando o produto e é você o responsável pelo registro deste produto, a responsabilidade é sua.
Utilizando como exemplo a prórpria Capsexpress, a responsabilidade pelo produto não é da Capsexpress Nacional, e sim da Capsexpress registrada por lá, portanto, a Capsexpress Florida.
Quando o FDA for atrás do produto para coletar informações do produto, precisamos enviar um teste de análise físico-química do produto, uma análise biológica e, em suma, é preciso enviar um laudo do produto, o que não difere do funcionamento aqui no Brasil.
Importante ressaltarmos que o próprio FDA diz que os produtos não possuem um registro e não serão registrados, porém, se determinado produto não possui testes, será proibido de ser comercializado e consequentemente, de se fazer o uso.
Além disso, os testes são muito importantes para comercializar seus produtos por lá, pois alguns marketplaces exigem o “FDA Approved”, ou seja, a aprovação do FDA para uso que só é possível com os testes.
Aqui no Brasil, o processo é mais burocrático, nos Estados Unidos a questão é mais biológica, visando bastante a saúde dos consumidores.
O que a Capsexpress te oferece no seu processo de lançar um produto com sua marca nos EUA
Nós te oferecemos a empresa para “nacionalizar” seu produto por lá, a Capsexpress Florida, te indicamos escritórios para abrir sua empresa por lá, indicações de logística e suportes de atendimento.
Oferecemos também os laudos do seu produto que precisam ser entregues para o FDA, aqui no Brasil, também oferecemos, porém, os laudos serão entregues em inglês.
Portanto, você possui o pacote completo para abrir sua empresa e comercializar seu produto nos Estados Unidos.
Segundo Estevão, para quem empreende no Brasil, empreender nos Estados Unidos é “jogo fácil”.
Incentivos fiscais
A Capsexpress abriu uma empresa no estado de Delaware, Estados Unidos, e se você quer fazer suas operações em Delaware, há incentivos fiscais, e a Capsexpress International é em Delaware.
Porém, a parte de importação, nacionalização e, em resumo, toda a parte operacional, precisa ser em cidade litorânea, ou seja, cidade que possui portos.
Os impostos estaduais de venda em Delaware também são menores.
Em Delaware, há de se destacar também que o dono da empresa é anônimo, portanto, ninguém vai saber quem é o dono da empresa, a empresa é “separada do dono”, ou seja, a parte jurídica é diferente.
Um exemplo citado por Estevão é, se o dono da empresa bater o carro no carro de alguém, não pode cobrar a empresa pelo dano, na Flórida é diferente, a empresa pode ser cobrada.
Prazo
Para comercializar seu produto nos Estados Unidos, calculamos um prazo do produto pronto mais 45 dias, este é o prazo máximo para enviar seu produto para os Estados Unidos.
Câmbio nos Estados Unidos
Os Estados Unidos não fazem o câmbio por lá, para ficar mais claro, suponhamos que você vende 1000 potes de suplementos aqui no Brasil por R$ 5.000,00, nos Estados Unidos é possível vender estes mesmo 5 potes por $ 5.000,00 (cinco mil dólares), o que te dá uma vantagem muito grande.
Mercosul
Pela vigilância sanitária, quando habilitamos nosso radar, já estamos provados a vender nosso produto no Mercosul, o que faltava era apenas uma habilitação fiscal.
Entretanto, para isso é preciso adquirir uma licença de importação do país que os produtos serão vendidos, portanto, é preciso ir até um contador deste país para abrir a empresa e ativar o radar, não é preciso licença da Anvisa, apenas uma habilitação fiscal.
O co-host Julio cita que a maior dificuldade de vender online no Mercosul é encontrar um meio de pagamento.
Julio citou o exemplo de conhecidos que fizeram essa migração para vender no Mercosul e precisaram, por exemplo, ir para os Estados Unidos, abrir uma conta nos EUA, vender no país do Mercosul, receber nos Estados Unidos, fazer o câmbio e depois receber.
A logística, segundo Julio, também é uma dificuldade, pois não estão desenvolvidos como nós, então ainda há barreiras para investir no Mercosul.
Fórmulas dos produtos nos Estados Unidos
O host Vinicius cita que uma das vantagens de vender nos Estados Unidos é as fórmulas dos produtos, pois muitos ingredientes não permitidos no Brasil são permitidos nos Estados Unidos.
Alguns exemplos são o Tribulus Terrestris e a Melatonina, já legalizados no Brasil, porém com pouca concentração – 0,21mg.
Considerações finais
Muito obrigado por acompanhar nosso conteúdo. Esperamos que este Capscast consiga te incentivar a abrir uma filial nos Estados Unidos e expandir seu negócio.